"Quando eu aceito a língua de outra pessoa, eu aceito a pessoa... Quando eu rejeito a língua, eu rejeito a pessoa porque a língua é parte de nós mesmos... Quando eu aceito a Língua de Sinais, eu aceito o surdo, e é importante ter sempre em mente que o surdo tem o direito de ser surdo. Nós não devemos mudá-los, devemos ensiná-los, mas temos que permitir-lhes ser surdo."
Terje Basilier (Psiquiatra surdo norueguês)
LIBRAS, ( Língua Brasileira de Sinais), é a língua materna dos deficientes auditivos brasileiros e, como tal, poderá ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com essa comunidade. Como língua, esta é composta de todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática semântica, pragmática sintaxe e outros elementos, preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerada instrumental linguístico de poder e força. Possui todos os elementos classificatórios identificáveis de uma língua e demanda de prática para seu aprendizado, como qualquer outra língua.
Foi na década de 60 que as línguas de sinais foram estudadas e analisadas, passando então a ocupar um status de língua. É uma língua viva e autônoma, reconhecida pela linguística. Pesquisas com filhos surdos de pais deficientes auditivos estabelecem que a aquisição precoce da Língua de Sinais dentro do lar é um benefício e que esta aquisição contribui para o aprendizado da língua oral como Segunda língua para os deficientes auditivos.
Os estudos em indivíduos surdos demonstram que a Língua de Sinais apresenta uma organização neural semelhante à língua oral, ou seja, que esta se organiza no cérebro da mesma maneira que as línguas faladas.
É clara a necessidade da criança crescer dentro de um ambiente que possibilite o aprendizado natural da língua de sinais como primeira língua, que permite a criança o desenvolvimento de suas capacidades cognitivas, linguísticas e social, análogo ao de crianças que ouvem, podendo descobrir o mundo a sua volta sem problemas.
O alfabeto de LIBRAS é muito importante para a comunicação com os deficientes auditivos. Deveria se inserida para nas escolas para que as crianças possam aprender a se comunicar com outras crianças que tem deficiência auditiva.